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orquidário

localização

casa wabi. mexico

projeto

2021

arquitetura

messina | rivas architecture

ayako architecture

helena meirelles architecture

zebulum architecture

colaborador

Bruno Caio ( Imagens)

Luciano Zandoná ( Biólogo)

Sobre:

Projetar com as orquídeas

 

“Interrogar plantas significa entender o que significa ser no mundo”
(Emanuele Coccia, The life of plants)


O que devemos perguntar às orquídeas? Uma das condições das plantas epífitas, como a maioria das orquídeas, é sua interdependência, ou seja, sua capacidade de coexistir com outras espécies, não como parasita, mas como espécie companheira. Isso é o que aprendemos com elas: estabelecer parentesco entre as espécies.

Nosso objetivo não é mais domesticar as plantas, mas cultivá-las, o que implica crescimento mútuo. É por isso que o projeto deve possibilitar aberturas à pluralidade de saberes de modo que possa ser afetado pela inteligência das plantas. Entender como as orquídeas estabelecem relações de parentesco com outras espécies como técnica para criar alianças nos faz pensar o quais devem ser as decisões para o Pavilhão das Orquídeas da Casa Wabi.


Para simular a atmosfera tropical, precisamos criar uma sombra aberta. Para isso, como árvores na floresta, imaginamos um sistema estrutural de madeira composto por doze armações que sustentam panos de sombra verticais tensionados com areia. Esses pórticos são estabilizados por vigas transversais que penduram bastões dinâmicos onde as orquídeas devem ser fixadas como costumavam abraçar as árvores. Sob a sombra, a posição dos pilares criam uma clareira no espaço para permitir atividades educativas que, entre outras, estimulam o cultivo enquanto processo para fazer parentescos com outras espécies.

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