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localização

encarnacion . paraguay

projeto

2024

arquitetura

messina | rivas
minimo comun

autores

francisco rivas

rodrigo quintella messina

solanito benitez

sergei merlo

vero villate

imágenes

thiago augustos

a sombra como horizonte
concurso nacional de anteprojeto para o centro de convenções de encarnación

Sob o amparo do cuidado, podemos sonhar com o devir do inesperado. Entre abraços, risos, lágrimas, encontros e desencontros, o rio acompanha em repouso. Em Encarnación, precisamos de amparos que estimulem essas convivências, as diferenças e o afeto, onde possamos descansar para continuar. Nesta oportunidade, buscamos criar espaços de cuidado que pertençam a todos, que respondam às necessidades do nosso tempo e que possam suportar as imprevisibilidades do futuro, as mudanças. Na sombra, assumimos a luz, entendemos a dicotomia dessa convivência como um símbolo necessário para construir uma sombra como horizonte. Este relato não é outra coisa senão uma declaração.

Ao conceber este projeto, nos perguntamos: Quanto vale o espaço público? E se, em vez de perdermos o espaço público para as próximas gerações, pudéssemos ganhá-lo?

Por isso, imaginamos uma grande sombra, um térreo livre que nos permita sonhar com a mudança. O projeto é concebido como uma laje, com a quantidade necessária de apoios para manter a discrição no térreo. Sobre a laje, repousa uma estrutura leve metálica que define e organiza os espaços do programa.

Os apoios dessa sombra permitem gerar uma praça com três partes, oferecendo diferentes aproximações. A primeira funciona como antessala do salão, relacionada à chegada e ao lazer. A segunda abriga o coração do projeto: o espaço público, a vida urbana, os bares e a permanência das pessoas. A terceira praça está conectada ao lazer, relacionando-se com exposições itinerantes e atividades noturnas sob o céu e o espaço aberto. Elevado do solo, no primeiro andar, localiza-se tudo o que é privado, em um edifício de 84m por 30m e 12m de altura. Uma fenda em cada lado define as vistas: uma voltada para a cidade e o centro de interpretações, e a outra em direção ao horizonte, ao rio, simbolizando a relação entre ambos os elementos que os mantêm unidos.

Na praça, o edifício é cercado por árvores, ar e água. Entendemos o projeto como uma ilha, um oásis, onde a água ao redor resfria o vento e o transforma em parte do ar da cidade.

As fachadas norte e sul são mais fechadas, com pequenas aberturas que evidenciam a forma trapezoidal do edifício. Essa forma, em vez de retangular, permite uma base maior para gerar sombra e uma área reduzida na parte superior, diminuindo o volume interno. Assim, economizamos na construção e nos recursos energéticos para climatizar o edifício. Essas duas fachadas foram projetadas como uma pele dupla.

A primeira, no exterior, é feita de tijolos que absorvem o calor e projetam sombra, protegendo o interior do sol. A segunda é de chapa, um material nobre e econômico, fácil de trabalhar, manter e substituir, que protege contra os ventos e a chuva. Entre esses dois elementos tão cotidianos acontece a mágica: o vento dissipa o calor, a água recarrega os canteiros onde crescem as plantas. Assim, a vida, a sombra, o vento e a água definem a forma de habitar o interior.

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